Eu tenho um objetivo aqui no
Profana: escrever bem. Escrever bem como ainda não sei fazer. É muita
mediocridade de palavras que existe por aí. Não quero ser mais uma. Ninguém
quer e acaba sendo.
Alguém que não saiba escrever
narrativas,
e por isso mesmo, não escreve
bem, deveria ser proibido de criar um blog e fazer relatos semanais ou escrever
opiniões diárias (vide twitter). Pior ainda se esse alguém escreve artigos
acadêmicos ou coisas parecidas que serão lidas pelo coitado do orientador e
ninguém mais.
Não sei fazer narrativas ainda,
porque para narrar, como aprendi com um filósofo, amigo meu, é preciso ter
coisas para contar. E até bem pouco tempo atrás, eu não tinha nada para contar
porque nada de extraordinário acontecia em minha vida. No entanto, fiquem
sabendo que minha vida está muito boa e tem muitas coisas acontecendo, então não
posso mais usar essa desculpa.
Este não é o primeiro texto que
faço sobre escrita e espero, sinceramente, que eu não volte aqui tão cedo para
fazer o mesmo drama: quero escrever tão bem quanto não sou capaz de fazer.
Agora, devo admitir, não tenho
sido corajosa para contar as coisas que me acontecem, nem mesmo inventar e
misturar as coisas com a minha capacidade inventiva, apesar de, todos sabem,
dar um certo trabalho e exigir um esforço para que pareça que as palavras brotaram
espontaneamente no papel.
O medo não é apenas de descrever
o cotidiano, ou falar sobre mim mesma. O medo é dos outros. Outro dia escrevi
numa caderneta colorida sobre minha amiga Ju. Ela nem sabe, até reclamou que já
foi mais amada por mim, se ela ler isso, saberá que só escrevo das pessoas que
trazem um movimento na minha alma de modo a fazer o corpo mexer e os dedos
saltitarem no papel ou teclado.
Meu escrito sobre a Ju fala sobre
a Ju mesmo, mas não da Ju nua e crua como ela é. Escrevi uma mistura da Ju de
modo que seja a minha Ju. A Ju nua e crua com a Ju da minha imaginação, dos
meus desejos e invenções. E, mesmo que ela não saiba que ocupa aquelas páginas
néon, se ela está lá, toda minha, é amor de amiga. Será que a Ju ficaria brava
com os meus escritos? Talvez ela ficaria um pouco. Porque a Ju é menina que
demanda muito amor e todas as palavras que existem não seriam suficientes para
ela. E, justo eu, amiga da Ju, sou capaz de pegar algumas palavras, que fazem
parte do meu imaginário para descrever a minha Ju e guardar só para mim.
Lívia, você já pode escrever o que quiser, porque você SABE escrever. Ponto.
ResponderExcluirFeliz da Ju, que tem uma amiga como você.
Beijo!
Feliz de mim, Lúcia, que tenho leitores como você.
ResponderExcluirUm beijo!
Querida amiga
ResponderExcluirHá nas palavras
que nos fazem sentir
o perfume da vida,
o milagre da eternidade.
Que os sonhos
encham de luzes
os teus caminhos
Eu queria escrever 50% do que você escreve... :(
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