sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Aprendendo a ser só

Chega um momento que algo muda em nossas vidas para além das mudanças cotidianas. Não sabemos bem como se dará tal acontecimento, mas ele acontecerá. Aconteceu assim comigo. O semestre que teria tudo para ser o mais divertido foi trágico, trágico porque certas diversões já não cabem com o passar do tempo. Quando ocorrer determinado fato você saberá muito bem, vai se sentir tão sozinho a ponto de compreender que ninguém, ninguém mesmo, poderá te ajudar. As coisas estarão em suas mãos apenas, às vezes, nem isso. Então, não haverá alternativa além de aprender a ser só. Você continuará tendo os seus amigos e familiares por perto, embora algumas pessoas queridas vão se afastar, inevitavelmente, isso será triste. Esteja quem for ao seu redor, você se sentirá sozinho e terá de suportar tal solidão. Nada voltará a ser como antes. Você tomará uma postura diferente, vai descobrir certas coisas que precisam ser feitas, gostando ou não, e fará. De um jeito que você não imaginava. Vai adquirir determinados hábitos. Ficará mais exigente. Um pouco rabugento. Sistemático. Pontual. Não será tão ruim. Resolverá coisas inesperadas. Irá se surpreender consigo mesmo. Ficará mais forte.

6 comentários:

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  2. Lívia, com certeza nos deparamos com esses momentos, pela vida. Quase inevitáveis. Fazem parte do crescimento. Chega um tempo que, parece, não temos lugar para mais nada a não ser nós mesmos. Isso é bom (e ruim). Mas, no fim, dá tudo certo.
    Beijo!
    (foto mais linda! Vocês está mais bonita, mais "mulher", sabe?)

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  3. Obrigada, Lúcia!

    Mudanças são inevitáveis com o tempo e têm seus contrapontos.

    Beijinho ;-)

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  4. Suas palavras são precisas! Sua experiência foi muito bem vertida em texto.

    Já tava com saudade de passar por aqui, espero visita sua também.

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  5. O medo das pessoas de estarem sozinhas, de se sentirem sozinha se agiganta com as constatações de que ninguém mais, alem de você, pra saber das reais necessidades e isso assusta, pois é comum depositar esperanças nos outros. E quando não há ninguém para compartilhar desses interesses em comum, as incertezas de se 'vamos conseguir dar conta' imperam e muitas vezes impedem de fazermos entender de que somos fortes para seguir em frente. A auto suficiência existe, e uma ótima opção a ser requisitada .

    Bom te ler Lívia !
    =]

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  6. É isso, Artur!! Cada um sabe "a dor e as delícias" de ser o que se é... ninguém está na nossa pele para entender exatamente como sentimos, nem estamos na pele do outro. Por isso, imaginação e sensibilidade são sempre bem vindos. ;-)

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